A revelação
Eles conheceram-se junto da estátua que tantas vezes os tinha visto a passar.
Foi a Marta quem os apresentou, era amiga dos dois.
O João e a Inês nunca mais se deixaram de ver, ficavam horas juntos à estátua à espera que o outro aparecesse,provocam um encontro causual para depois irem juntos tomar café.
Passado algum tempo já namaoravam, eram felizes, "tinham encontrado a lama gemea" - como gostavam de dizer.
Todos os dias, passavam por aquela estátua onde se tinham conhecido, sentavam-se perto dela e ficavam ali horas a conversar, a trocarem beijos e caricias.
Um dia, a estátua, assistiu a uma revelação: a Inês encontra-se com o João. Tal como das outras vezes, beija-o, toca-lhe a face e olha-o nos olhos; depois senta-se e cala-se. O João não percebe o silêncio, mas mantém-se calado a olhar para ela, à espera, só não sabe de quê!
"Antes de te conhecer, tive um namorado. Foi por pouco tempo,mas foi o suficiente..." - começou ela.
"Isso eu sabia, mas foi o suficiente para quê?"- perguntou o João interrompendo-a
"Para passados oito meses descobrir que estou infectada com HIV"
O João não quis acreditar, não sabia o que pensar, o que sentir: "Então e eu?! E se também eu estou infectado?! Como é que isso nos pode acontecer?!"
Seis meses passados, o João encontra-se com a Inês, novamente junto da estátua.
"Não estou infectado. Sinto-me aliviado..."
"Estou feliz por ti....muito feliz! Mas e agora...?"
" Gosto muito de ti, sabes disso. Tu foste...és minha! Nunca tinha amado alguém como te amo e sei que será impossível voltar a amar desta maneira,mas sei também que não consigo estar mais contigo, não desta maneira! É um risco que não quero correr..."
"Eu entendo-te! Mas há casais que conseguem. São poucos,mas nós podemos fazer parte deles... Eu quero tanto estar contigo!"
"Não! Eu não consigo evitar, tenho medo!!! E até poderia tentar ser teu amigo,mas amo-te demais para o conseguir fazer..."
Levantaram-se e cada um seguiu o seu caminho. Os dois tristes, os dois a suportarem sozinhos a dor que tinham em comum. A estátua ficou a ve-los a afastarem-se um do outro, a afastarem-se de si, viu aqueles que se amavam, mas que se separavam e não entendeu.
O João e a Inês sentiam e perderam; a estátua perdeu-os mas nunca chegou a sentir...
Foi a Marta quem os apresentou, era amiga dos dois.
O João e a Inês nunca mais se deixaram de ver, ficavam horas juntos à estátua à espera que o outro aparecesse,provocam um encontro causual para depois irem juntos tomar café.
Passado algum tempo já namaoravam, eram felizes, "tinham encontrado a lama gemea" - como gostavam de dizer.
Todos os dias, passavam por aquela estátua onde se tinham conhecido, sentavam-se perto dela e ficavam ali horas a conversar, a trocarem beijos e caricias.
Um dia, a estátua, assistiu a uma revelação: a Inês encontra-se com o João. Tal como das outras vezes, beija-o, toca-lhe a face e olha-o nos olhos; depois senta-se e cala-se. O João não percebe o silêncio, mas mantém-se calado a olhar para ela, à espera, só não sabe de quê!
"Antes de te conhecer, tive um namorado. Foi por pouco tempo,mas foi o suficiente..." - começou ela.
"Isso eu sabia, mas foi o suficiente para quê?"- perguntou o João interrompendo-a
"Para passados oito meses descobrir que estou infectada com HIV"
O João não quis acreditar, não sabia o que pensar, o que sentir: "Então e eu?! E se também eu estou infectado?! Como é que isso nos pode acontecer?!"
Seis meses passados, o João encontra-se com a Inês, novamente junto da estátua.
"Não estou infectado. Sinto-me aliviado..."
"Estou feliz por ti....muito feliz! Mas e agora...?"
" Gosto muito de ti, sabes disso. Tu foste...és minha! Nunca tinha amado alguém como te amo e sei que será impossível voltar a amar desta maneira,mas sei também que não consigo estar mais contigo, não desta maneira! É um risco que não quero correr..."
"Eu entendo-te! Mas há casais que conseguem. São poucos,mas nós podemos fazer parte deles... Eu quero tanto estar contigo!"
"Não! Eu não consigo evitar, tenho medo!!! E até poderia tentar ser teu amigo,mas amo-te demais para o conseguir fazer..."
Levantaram-se e cada um seguiu o seu caminho. Os dois tristes, os dois a suportarem sozinhos a dor que tinham em comum. A estátua ficou a ve-los a afastarem-se um do outro, a afastarem-se de si, viu aqueles que se amavam, mas que se separavam e não entendeu.
O João e a Inês sentiam e perderam; a estátua perdeu-os mas nunca chegou a sentir...
4 Comments:
Bonita e triste história! Infelizmente bem real... :(
Para evitar histórias destas há sempre a prevenção, mas normalmente não nos passa na cabeça que também nos pode acontecer...
Uma história fatidicamente real! Poderia ter acontecido a qualquer um de nós, quando nos apaixonámos e confiámos-nos a outra pessoa! Mais vale prevenir, que remediar...Gostei de te ler, mais uma vez. :-)))
http://eternamentemenina.blogs.sapo.pt/
Benvindo a este mundo da blogosfera.
Bom fds.
Se o amor fosse verdadeiro ele não teria fugido!
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