quarta-feira, março 30, 2005

"Breakfast" - K's Choice

Leiam com atenção! Acho estupenda esta letra, natural e engraçada! :)

I woke up between dawn and night,
thought I heard the voice of mommy.
Sound as if my parents had a fight,
so I woke up my brother lying next to me.
I wonder why she's making all that noise,
better go and check it out.
So without trying to breathe only the sound of little feet
we were about to discover what that noise was all about.
And as we opened up the door,
we saw them lying on the kitchen floor.
We were grateful for they both did their best,
but we said: 'Hey, ther must be an easier way to make breakfast.'
They both got up real fast
as if they were caught (or something)
And then we understood at last
it was a surprise breakfast they were planning.
Mommy stumbled: 'Later, kids, you'll understand.'
While daddy was busy putting on his pants.
we said: 'We already do, don't worry we'll do the rest.'
So far for our quest, we made coffee, boiled eggs.
We made them breakfast.
Breakfast

terça-feira, março 29, 2005

Será que vou conseguir dormir?

São cinco da manha, agora está a chover, vou a conduzir nesta estrada vazia. Vou sozinha a lembrar-me, a recordar...(como queiras)... rio sozinha, não tenho pressa, o carro parece não ter velocidade.
O leitor de cd's toca musicas que me embalam...não quero voltar atrás no tempo, quero apenas que se repita, o meu desejo aconteceu:

Senti o meu corpo alado, quando senti aquele beijo apertado!

Mais uma noite que acabou, daqui a poucas horas está toda a gente a levantar-se e eu a deitar-me levando para o mundo dos sonhos o desejo que trago no olhar!

domingo, março 27, 2005

Hoje chorei!

Hoje chorei!
Não falaste comigo! Sinto-me triste,
Esperei e desejei, ainda assim não apareceste!
Devias ter vindo ter comigo!

Hoje chorei por ti amor!
Ardo de desejo por ti e so espero que sintas o mesmo!
Este quarto é grande e eu´fico-me pelo canto!
Devias ter vindo ter comigo!

Hoje chorei!
Por ti, por mim!
Mas não choro mais...
Desisto
Devias ter vindo ter comigo, não alterarias nada, mas eu ter-te-ia dito que te amava!

sábado, março 26, 2005

Recebi uma carta há cinco anos atrás...

"Sempre gostei de viajar. Fui uma pessoa que nunca se conformou com o que tinha! A certa altura senti-me presa, então decidi pegar numa mochila, em algum dinheiro que tinha e meter-me num comboio rumo a lado nenhum, rumo a algum sitio, um qualquer, não importava.
Fui parar a todo o tipo de sitios, de cidades movimentadas, a terras pacatas cuja existência é por poucos conhecida. Conheci gente como eu que gostava de andar pelo mundo e conhecer, gente que como eu não se conformava com as mentes quadradas e conformadas das terras de onde eram oriundas.
Foi com esses que decidi rumar ao resto da europa, conhecer, ver, sentir-me livre, independente, gosto da ideia de me considerar "nomada", foi com estes companheiros de viagem que fui parar a uma pequena cidade italiana e de onde não voltei a sair. Não deixei de ser viajante, mas foi lá que decidi fixar residência passados cinco anos de ter saido de Portugal. Há pouco tempo atrás fui ver a terra que me viu nascer, da qual guardo recordações mas não saudade, fui ver a terra que me viu partir ha catorze anos, onde deixei amigos que nunca mais vi, onde tu ficaste ainda pequenina, nem deves ter notado muito a minha falta e eu sei que ficaste bem. Tentei visitar-te, mas não estavas por lá, disseram-me que tinhas ido de férias!
Escrevo para que saibas porque parti, a minha necessidade de viver para mim, de não me sentir presa (ainda que estivesse muito ligada a ti), a minha necessidade de ser livre, a falta de capacidade que eu tinha de viver junto de alguém e faze-la feliz, foi determinante para a minha jornada!
Hoje, ao fim de vinte, decidi escrever, se te visse ou ouvisse ja nem te reconheceria...não sei como estas, nem sei quem és ...nem tu sabes quem sou!
Vou ser sincera, se calhar até fria: não procuro o teu perdão, quero simplesmente dizer-te que não foste tu, não foi mais ninguém que não eu que levou as coisas as ficarem assim.
Espero noticias tuas.
Escreve-me, se leste esta carta até ao fim,
I."

Resposta à carta:
"Não senti a tua falta?! Ao fim de catorze anos tenho a explicação que a culpa da tua partida não foi minha foi tua?! mas afinal que conversa é essa?! E porque razão só agora, porque razão não mantiveste contacto?!
Não te dês ao trabalho de me voltares a responder!
A."

Releio esta carta e continuo sem perceber muito bem porque razão a I. ma escreveu! Hoje já não sou uma adolescente perturbada, confusa e revoltada com a vida!
Mas passados cinco anos de ter recebido esta carta e de ter respondido de forma tão curta, não voltei a entrar em contacto com a I., nem ela comigo, talvez queira respeitar a minha vontade.
Isto não é um desabafo meu, é antes uma carta de desabafo da I.
Talvez um dia eu consiga olha-la de frente, talvez um dia eu consiga perdoar alguém que nunca vi, alguém que não sei quem é...a não ser que é minha mãe, e que não me quis levar na sua jornada...

domingo, março 20, 2005

Saída à noite

"pum,pum,pum", ouvia-se na rua em frente à porta do café/bar onde costumo ir. Os remix musicais postos a tocar pelo Dj faziam com que as pessoas abanassem as cabeças freneticamente.
Empurrei a pesada porta de madeira escura que serve de entrada ao bar e entrei. Lá dentro enocontrei muita mais gente do que aquela que costuma estar, nem reconheci o espaço, as mesas, cadeiras e bancos tinham desaparecido; a porta estava ladeada pela caixa e por um bar improvisado. A única coisa que me era familiar era a escuridão, ainda que agora rasgada por alguns feixes de luz amarelos,verde, azuis...
Depois os cumprimentos às pessoas conhecidas, que por sinal estavam logo na entrada, cumprimentos e parabéns ao gerente "um ano de casa aberta, nem acredito que tomo café aqui todos os dias e ainda aguento" (fica sempre bem dizer isto, principalmente quando ha bebidas gratuitas em jogo ).
Encostei-me a um canto junto das minhas "compinxas" de sempre, hoje dança-se no bar, não podemos puxar um banco e colarmo-nos à mesa para beber geropiga! Por isso, hoje, não ha geropiga, não dá jeito ter a garrafa na mão e beber os copitos de shot sem nos desequilibrarmos no fim ...
"Cá estão as quatro do costume..o que vai ser?"
"quatro shots de tequila!"
"bem já sei quem paga...hihihihi..."
Passadas tres ou quatro horas de dança, wc, bebida, wc, e cigarros fumados (enrolar de ´pe, com gente aos encontrões é dificil, caramba!!) fomos embora para a discoteca - a novidade da zona- "temos free pass achas que fico em casa?! naaa..."
"eu primeiro tenho que passar por outro lado,mas depois vou ter contigo lá..."
Os flirts da nite, são aquilo de que me rio no dia seguinte, mas sei ver que à noite as pessoas estão mais descontraídas e eu também...
Mais música de ritmo frenetico...fico totalmente estoirada (ainda por cima não tenho jeitinho nenhum para dançar), mas continuo.
O espaço cheira a tabaco, a marijuana, a alcool, a suor...os olhos dos outros estão cansados e completamente esgazeados, ou talvez o defeito seja dos meus!
Já amanheceu, rumo a casa, perdi a boleia, porque eu e outra fomos para uma pastelaria.
"compramos pão quentinho e quando chegarmos a casa comemos com manteiga!"
Comemos pelo caminho, a casa fica longe e a fome ja dá sinal.
Abro a porta devagar, para não fazer barulho, visto o pijama e enfio-me nos lençois, "aterro" completamente...


São três da tarde, levanto-me, o quarto está uma barafunda de roupa atirada para o sofa mas que cai no chão; os cheiros da noite estão no meu quarto, na minha ropua - 2vai tudo para lavar! Eu também!"- tomo um banho de meia hora, visto roupa com cheiro a detergente, umas gotas de perfume e saio para apanahr ar...e ir à dentista - "oh não! tenho consulta às 17h!!!"

sábado, março 19, 2005

"Só gosto dela...!"

-"Ontem, fomos às compras, eu e o Zé!"
-"E o que se passou?"
-"Estava todo nervoso, andava nos corredores do supermercado todo agitado!"
-"Porque?!"
Fomos interrompidas pelo Zé:
-"Estava lá a Marcela!"
-"A sério?! e que fizeste?"
-"Disse-lhe olá! E voltei pa' beira da Sara e do carrinho!"
-"Estavas com vergonha...não querias falar mais com ela?"
-"Eu queria, mas também não queria...fiquei nervoso!"

O primeiro amor do meu puto!!! :) A miúda foi colega dele na primária, eram namorados assumidos, mas sem beijinhos "isso é para os grandes!"...separaram-se quando foram para o quinto ano...passados quase dois anos ele viu-a, lembrou o que nunca esqueceu...
Até eu fiquei enamorada pela história....

Mas não acabou!!!

-"Sabes, o Zé recebe cartas!"
-"De quem puto? Não me contas nada!"
-"Nunca estás comigo! :( só gostas de estar em Braga com os teus amigos!!!"
-"Conta lá a Ana essa história das cartas,vá lá..."
-"oh! É a Patricia...mas eu não gosto dela e rasgo as carta, mesmo à beira dela!"
-"Mal educado! isso faz-se?! Tens uma apaixonada e trata-la assim?"
-"É para ver se ele fica só minha amiga! Ela escreveu numa carta : amo-te! Não gostei! eu só gosto dela como amigo! Eu gosto é da Marcela!!"


O meu irmão é um arrasa corações, estou boquiaberta... :)

terça-feira, março 15, 2005

A minha vontade. (ponto final)

Não penso muito sobre a morte, acho que não ha muito o que pensar...morremos e pronto, se algo vier a seguir que venha, se não vier também ja não sinto falta de nada...
Mas oq ue me leva a escrever é o facto de perante a minha morte,ou melhor, o tratamento do meu corpo morto e da cerimónia funebre que lhe será feito...e também a mim, a rapariga sem o corpo (e ja me confundi toda), seja decidido por mim!!!
A melhor maneira para eu ter a certeza que os meus desejos são ordens (e talvez a única vez em toda a minha vida...e morte) é através do testamento.
Posto isto passoa a testamentar que:
  • quero ser cremada;
  • por culpa do cinema americano, quero que as minhas cinzas sejam largadas no mar aqui do Nuerte se faz favor! (não polui pois não?!)
  • só quer lá aqueles que realmente gostam de mim, mas mesmo muito...os outros,os que só acham piada, ficam em casa e poupam umas horitas de chatice e sentimentalismo!
  • não me levem rosas!!!!!!!! quero margaridas...uma por pessoa!
  • Música...não ha funeral sem música! a minha eleição recai sobre "Corvos", quarteto de cordas (adoro violoncelo e violino!), não quero um grupo onde acha voz...o momento é solene e ha sempre dispersão na tentativa de se perceber o que se canta...o que não seria bom, tendo em conta os emus gostos musicais (não são mórbidos! são melancolicos!)

Se esta minha vontade ainda assim não for feita eu volto...não sei se consigo ou se posso,mas arranjo maneira! (estúpida ameaça esta...)

Só não posso exigir que não sintam saudades minhas, que se sintam tristes, mas isso passa e a memoria existe para que?!

terça-feira, março 08, 2005

Pausa

Abro a porta, pouso as chaves, subo as escadas.
Encontro outra porta, que abro e vejo uma claridade vinda da janela que me "obriga" a fechar os olhos por momentos. Volto-me e fecho a porta, sigo em direcção à janela, fecho as portadas e corro as cortinas.
A escuridão, do quarto, é agora o meu ambiente. Acendo a luz do candeeiro, pego no isqueiro e acendo duas velas e o incenso com cheiro a jasmim, ponho a tocar, no leitor, uma músoca calma, apago a luz do candeeiro.
A tenue luzz emanda pelas velas ajuda à melancolia do ambiente. Acedo um cigarro, puxo o fumo em longas passas, sinto o ar pesado a entrar nos pulmões, fecho os olhos e penso em nada, nem sei em que quero pensar...
Estou sozinha, mas também não quero companhia - "deixem-me esta só...comigo" - não vejo tarefa fácil nisso! Penso no que fiz, no que faço, nãoq uero pensar no amnhã, porque me custa, porque me desvio para o sonho...e hoje isso não ajuda nada...sonhar é fácil,mas é também irreal.
Chego à conclusão que a minha vida não e má,mas foram tantas e tantas as vezes em que me disse o mesmo e continuo a pensar o mesmo: vazio!
Dizem que estes momentos de introspecção ajudam a dar valor à vida...mas a mim não! Sinto-me mal, não gosto de mim, doq ue faço, sinto-me um nada.
Abro a gaveta, abro a caixa, encho-me de alguma coisa e talvez tudo passe.


Acordo, a luz é clara, ainda que artificial, sentadas ao meu lado, tenho duas pessoas que me olham tristemente, desvio o olhar e viro a cara para o outro lado.
Enchi-me, mas continua tudo vazio.
Dizem que nunca mais me deixam sozinha...o problema é que nunca me sinto acompanhada.
Dizem que tenho sorte em ter uma vida como a que tenho...não o nego, mas também não o sinto.
Dizem que o "amanhã" vai ser melhor...mas o "hoje" custa a passar.
Dizem que vou ter que me tratar, de me livrar do que está mal...como é que me livro de mim?

sábado, março 05, 2005

Porto de Abrigo

imagem retirada do deviantart,(http://anti-praxe.deviantart.com/)

A água fria circunda-me, sinto-me a flutuar,mas começo a afundar-me, não me ouves?
Agarro a tua mão e não a consigo largar...agora consegues ouvir-me?
Não te puxo para mim, mas quero que me sintas.
A água fria e a tua mão quente são tudo oq ue sinto,mas estou cada vez mais lá no fundo, a minha respiração torna-se dificil, o estranho é que não paro de respirar, consigo ouvir os pulmões a entrar nos meus pulmões...devagar,tão devagar...
Lembro quando o tempo parou para mim, lembro-me bem quando entei nesta água fria...queres ouvir-me? Nme sabes oq ue descobri! Só tu me seguras, só tu me prendes,mas não tenho medo de me soltar; as amarras que me prendiam aqui já as soltei, só falta abrir os dedos e libertar a mão que se prende A`tua.
A água já não eá tão fria, o calor da tua mão já não o sinto...
Volto à superficie, respiro melhor, flutuo sem a tua ajuda....se me voltar a a fundar sei que posso procurar o calor da tua mão.
Vou com a maré,( a minha maré!), mas sei que tenho o teu porto de abrigo...Afinal sempre me ouviste!!