segunda-feira, julho 23, 2007

Brinde a ti

- Foi numa noite assim que te perdi, mas recupero-te.
Bebo mais do que devo, mas só porque te traz de volta a mim.
Sinto de novo os teus abraços, os teus beijos, sinto a tua presença.
(Deixo de ver bem), mas vejo-te perto… o teu corpo aproxima-se e eu toco-te, sinto o teu perfume (é doce) e envolvo-me em ti.
É tão mais fácil depois deste copo de vinho…
Perco-me nas noites frias à lareira, perco-me nas noites de chuva e vento e vejo o que quero ser, sou o que quero ser, vejo-te e sou teu amante.
Turva-se o tempo, turva-se a tua imagem…Onde estás?
(Ouve, isto é loucura? Não estás mesmo aqui?)
Tudo roda, roda, roda… e acabo estendido no chão, despido de roupa, despido do teu corpo.
Eu juro que estava perto de ti… juro a mim, juro a ti, a todos …eu senti-te! Eu sei que senti!!
Não me neguem! Eu vi-a…
(Não estou louco, não estou! Se beber mais um copo, prometes que regressas?)
Isto não é demência, é amor, é saudade. Sou eu e tu juntos outra vez, sem esta morte que te roubou de mim, somos vida, somos um…
Voltaste!!
Voltas sempre para me dares o teu ombro para chorar. Choro porque não sei quando vais embora, por que te vais?
Tu e eu para sempre.
- Bebe um copo comigo e tem-me contigo mais esta vez…