Entornei o café sob a mesa
Aqueci a água, dosei, com três colheres de chá, o café e com duas, o açúcar e deitei na chávena, que pousei em cima da mesa da cozinha.
O telefone tocou, fui atender.
“Sim?” – disse eu.
Pelo auscultador, ouvi o ritmo do ar que se inspira e expira, respirava alguém do outro lado da linha, mas não falava…
Pelo silêncio, deduzi quem fosse. Desliguei e corri para a porta. Abri a embalagem, li o bilhete que lá estava dentro, caiu-me uma lágrima; desembrulhei o que me era destinado, caiu-me a segunda lágrima…
Entrei em casa, pousei tudo na mesa, a mesma onde estava o café, dei um suspiro, que só suspirei na minha mente e num gesto rápido, a minha mão foi de encontro à chávena.
Entornei o café sob a mesa, inundando-a, fazendo com que gotas de café fossem pingando para a o chão.
Limpei o chão e com sofreguidão esfreguei a mesa. Notei que o bilhete estava encharcado, as letras mal se liam, escorriam na folha, como antes as lágrimas tinham escorrido na minha cara. O embrulho, já desembrulhado, estava molhado, agarrei o seu conteúdo e apertei-o contra o peito…fiquei a cheirar a café.
Ah! O que estava dentro do embrulho, nunca mais larguei.Quis que a sua presença fosse eterna e esqueci a despedida…
Guardo a memória do silêncio do telefonema e do que me foi dado, e que é estimulado sempre que bebo café…na mesa da cozinha, sozinha.
O telefone tocou, fui atender.
“Sim?” – disse eu.
Pelo auscultador, ouvi o ritmo do ar que se inspira e expira, respirava alguém do outro lado da linha, mas não falava…
Pelo silêncio, deduzi quem fosse. Desliguei e corri para a porta. Abri a embalagem, li o bilhete que lá estava dentro, caiu-me uma lágrima; desembrulhei o que me era destinado, caiu-me a segunda lágrima…
Entrei em casa, pousei tudo na mesa, a mesma onde estava o café, dei um suspiro, que só suspirei na minha mente e num gesto rápido, a minha mão foi de encontro à chávena.
Entornei o café sob a mesa, inundando-a, fazendo com que gotas de café fossem pingando para a o chão.
Limpei o chão e com sofreguidão esfreguei a mesa. Notei que o bilhete estava encharcado, as letras mal se liam, escorriam na folha, como antes as lágrimas tinham escorrido na minha cara. O embrulho, já desembrulhado, estava molhado, agarrei o seu conteúdo e apertei-o contra o peito…fiquei a cheirar a café.
Ah! O que estava dentro do embrulho, nunca mais larguei.Quis que a sua presença fosse eterna e esqueci a despedida…
Guardo a memória do silêncio do telefonema e do que me foi dado, e que é estimulado sempre que bebo café…na mesa da cozinha, sozinha.
3 Comments:
só devemos guardar no coração o ke nos deu alegria ou o ke nos faz sentir felizes.Cuidado com o café quente ke se entorna por termos movimentos desajeitados ...-))))))))))))))jokas
gostei!
tão nito ...
ai lindinha tu escreves tão bem
beijocas
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