Há dias assim...
O dia está cinzento, frio e de quando em vez, pequenas e poucas, gotas de de água caem sobre o chão vindas do céu.
Á minha frente vejo o verde das árvores, das plantas, o castanho da terrra e uma ténue névoa que se interpõe entre o meu olhar e o horizonte...e sinto o cheiro da terra molhada. Sinto-me calma, ouço o silêncio atensiosamente apesar dos carros que passam na estrada mais abaixo.
Estou numa varanda, sentada numa cadeira, abro um livro e começo a ler...o chá está quente, ponho as mãos na chavena para as aquecer (gosto de a segurar assim), o fumo da àgua quente com aroma de limão confunde-se com o fumo do cigarro, que habilmente seguro entre dois dedos, e juntos misturam-se com a névoa que paira no ar.
Estranhamente, ou talvez não, o silêncio continua e não me perturba, mas falta-me um olhar, não o meu, outro. Um olhar que comigo contemple esta imagem, uns ouvidos que comigo ouçam o silêncio, umas narinas que comigo sintam o cheiro da terra molhada, uma lingua que comigo sinta o toque e o sabor do chá quente, umas mãos que comigo segurem a chavena, uam alma que comigo faça companhia...
O dia está cinzento, frio e de quando em vez, pequenas e poucas, gotas de água caem sobre o chão...e eu não apanho nenhuma... Quem quer vir comigo perseguir a chuva?
Á minha frente vejo o verde das árvores, das plantas, o castanho da terrra e uma ténue névoa que se interpõe entre o meu olhar e o horizonte...e sinto o cheiro da terra molhada. Sinto-me calma, ouço o silêncio atensiosamente apesar dos carros que passam na estrada mais abaixo.
Estou numa varanda, sentada numa cadeira, abro um livro e começo a ler...o chá está quente, ponho as mãos na chavena para as aquecer (gosto de a segurar assim), o fumo da àgua quente com aroma de limão confunde-se com o fumo do cigarro, que habilmente seguro entre dois dedos, e juntos misturam-se com a névoa que paira no ar.
Estranhamente, ou talvez não, o silêncio continua e não me perturba, mas falta-me um olhar, não o meu, outro. Um olhar que comigo contemple esta imagem, uns ouvidos que comigo ouçam o silêncio, umas narinas que comigo sintam o cheiro da terra molhada, uma lingua que comigo sinta o toque e o sabor do chá quente, umas mãos que comigo segurem a chavena, uam alma que comigo faça companhia...
O dia está cinzento, frio e de quando em vez, pequenas e poucas, gotas de água caem sobre o chão...e eu não apanho nenhuma... Quem quer vir comigo perseguir a chuva?
19 Comments:
Bem sabes que me matas com a qualidade dos teus textos, com a tua escrita, com as tuas experiências de vida...
de uma eterna admiradora :)
"Um olhar que comigo contemple esta imagem, uns ouvidos que comigo ouçam o silêncio, umas narinas que comigo sintam o cheiro da terra molhada, uma lingua que comigo sinta o toque e o sabor do chá quente, umas mãos que comigo segurem a chavena, uam alma que comigo faça companhia..."
Esta parte tocou-me particularmente pois tb eu sinto essa falta :)
oh!!!!!!! :) mi enternecida
nao tem nada a ver mas estive a ver o teu perfil e...também ando colado em damien rice e jeff buckley! :)
Quando menos esperares uma alma vai desprender-se do céu... e vai aterrar ao teu lado, e começará a conversar contigo de forma tão natural que parece que esteve sempre lá :)
Perseguir a chuva? Decerto quem irá perseguir a chuva contigo aparecerá mais cedo ou mais tarde... A busca por esse alguém tem de ser calma e sem forçar nada. E mais, quem sabe se já não encontras-te essa pessoa? Quem sabe se apenas ainda não iniciaram a perseguição?!
Mais uma vez adorei ler-te!!!
Beijinhos :)
e saltar nas poças? ^^
Trabalhei durante um ano numa das melhores livrarias de Portugal, a fnac Chiado. Sei bem do que o Der Igel fala, da quantidade de livros cuja escrita vomitada sobre as folhas me fazia quase chorar pela pobre árvore que lhe cedera o papel. Pensem só em Margaridas Rebelos Pintos e Benzonis que escrevem, e escrevem, e escrevem, E ESCREVEM!!! E escrevem... porque há quem compre!!
A propósito do D500, (algum)a malta do Luz e Sombra (ex-booklover, para sempre adoro-ler) pensou em juntar os textos e publica-los num belo livrito. Eu, desde já, os desencorajo, pois sei como funciona o mundo sujo dos editores, e se julgam que esse é mau esperem até descobrir o dos distribuidores!!! Os royalties são miseráveis (mesmo miseráveis, não é exagero) e a probabilidade de um lvro que não tenha uma supercampanha de marketing ou um bom padrinho alcançar as prateleiras de exposição de uma qualqur relevante livraria da praça (leia-se,livraria que venda uma quantidade que sugira negócio, e não um entretenimento para o dono) é praticamente nula.
Resumindo e baralhando, tanto tu como a Perséfone, a rosa-louca, a earworm, o Sam e outros tantos teem é que escrever com total liberdade e ilusão, e só assim as nossas pobres almas serão devidamente nutridas!
bem hajam,
Der Uberlende
Dou-te a minha mão para seguir-mos juntos.
beijo
não imaginam o que estas vossas palavras significam! :)
sinto-me lisonjeada...e agarro as mãso que comigo queiram seguir... :)
Então João aproveita e agarra as minhas também!!
Obrigada por seres a magnífica pessoa que és!!
Continua porque tens muito talento e consegues fazer com que quem leia os teus textos se sinto envolvido pela magia das tuas palavras!
Bjinhx**
"O dia está cinzento, frio e de quando em vez, pequenas e poucas, gotas de de água caem sobre o chão vindas do céu."
Adoro esta frase, pela sua complexidade, pelo ambiente que ela cria e que se vê em todo o texto. Muito talento tens com certeza e gosto muito dos teus textos, da forma que tens de inserir o leitor no texto e no seu ambiente. Muito bom mesmo.
Olho o céu em busca das nuvens com que estivestes. A minha chávena não é de chá, é de café, mas a solidão é a mesma e sorvo-a devagar. A terra seca desagrega-se em pó. Vou ter que começar a perseguição à chuva, à água e tu serás uma boa companhia.
Beijos
eu vou contigo apanhar chuva e vê-la rir-se depois, pode ser? ;)
bem, ja há alguns dias tinha lido este teu texto e hoje voltei aqui por acaso e vi-o de novo. também me acontece sentir-me só assim e não é nada bom... mas deixa-me dizer-te que o teu texto está muito bem escrito e gostei de lê-lo, apesar de não ser alegre;)
**
"...Estranhamente, ou talvez não, o silêncio continua e não me perturba, mas falta-me um olhar, não o meu, outro...."
Adoro ver a chuva a cair...
Abraço ;-)
não tem que ser o Amor a acompanhar-te ou tem?
a chuva parece ja ter ido embora...o sol raia, e eu só tenho a agradecer por me terem acompanhado! :)
se me tivesses ligado eu ter-te-ia acompanhado...mas opotunidades não faltam! com o sol não bebemos chá, mas eu faço-te um sumo de laranja, sem açucar como gostas...
Bom, quando alguém especial existe com quem possamos partilhar um momento como este. Gostei de ler :)
Até +
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