Abandonei-me
Há quatro paredes que me guardam no seu interior.
Não tenho janela para ver o que se passa do lado de fora, para que entre luz.
Fechei-me aqui dentro porque desisti.
A chave? Pu-la no lado oposto daquele onde me sento.
Não reflecti sobre o que fiz, não olhei para trás, para o tempo que tinha passado.
Durante algum tempo bateram-me À porta, primeiro muitos, depois menos e agora só tu. Mas em nenhuma altura eu respondi ou procurei a chave.
Com o tempo deixei de ver por causa da escuridão, deixei de falar, porque não queria responder, deixei de ouvir, porque desistiram de vir ter comigo.
Tu, meu amigo, continuaste... sei-o porque te sinto, agora, a agarrar-me, a puxar-me, mas o meu corpo fraqueja e parte-se, partiu-se o meu corpo!, fiquei em pedaços, estou em pedaços!, nos teus braços. Também fraquejas porque não aguentas a emoção, fraquejas porque julgas ter chegado tarde...deixas-me cair!
O meu corpo vai sair deste quarto, mas eu jamais voltarei a entrar nele, nunca o cheguei a destruir, nunca mais sairei dele...e tu terás isso na memória.
Desculpa...mas morri.
Não tenho janela para ver o que se passa do lado de fora, para que entre luz.
Fechei-me aqui dentro porque desisti.
A chave? Pu-la no lado oposto daquele onde me sento.
Não reflecti sobre o que fiz, não olhei para trás, para o tempo que tinha passado.
Durante algum tempo bateram-me À porta, primeiro muitos, depois menos e agora só tu. Mas em nenhuma altura eu respondi ou procurei a chave.
Com o tempo deixei de ver por causa da escuridão, deixei de falar, porque não queria responder, deixei de ouvir, porque desistiram de vir ter comigo.
Tu, meu amigo, continuaste... sei-o porque te sinto, agora, a agarrar-me, a puxar-me, mas o meu corpo fraqueja e parte-se, partiu-se o meu corpo!, fiquei em pedaços, estou em pedaços!, nos teus braços. Também fraquejas porque não aguentas a emoção, fraquejas porque julgas ter chegado tarde...deixas-me cair!
O meu corpo vai sair deste quarto, mas eu jamais voltarei a entrar nele, nunca o cheguei a destruir, nunca mais sairei dele...e tu terás isso na memória.
Desculpa...mas morri.
10 Comments:
Apeteceu-me esbofetear a tua personagem... e mandá-la abrir a porta, o que deve ser bom sinal!
Gostei :)
Beijo
Sei que tou a ser um cadito chato, mas estámos no Verão e andar com essas ideias para escrever em pleno Verão só pode significar uma coisa. Ou tás a ter muito mau e pouco sexo ou então andas sem pica nenhuma para te masturbares ; ))))))))))))))))))))
E olha que amanhã é o último dia que a Cores de Chá em Braga está aberta antes das férias. Vai mas é lá atacar uma torrada especial com um batido de manga/ananaz em sumo de laranja e vais ver que o próximo texto vai ser sobre uma franzina jovem que deita abaixo 4 potentes moçambicanos de vergas que mais parecem estendais de roupa ; )))))))))))))
ou pelo menos sobre um lanche bem-passado ; ))))))))))))))))))
Eu vou e vais ver como vou postar com alegria amanhã à noite nos meus blogs : )
nandita: talvez assim consiga realmente abrir a porta!
noiseformind: qual chato qual que!!
mas ficou tomada a nota pó Cores do chá, vamos ver se resulta! :)
Há sempre quem nos deixe cair, mas pior, será talvez nós não querermos ficar de pé...
Chá...
Não morremos assim tão facilmente. Somos corpo morto quando não houver restos da nossa memória na mente de outros...
Estou a ver que foste apoderada pelo pessimismo. Gostei
A morte acontece, mas o esquecimento atinge-se... Embora tenha morrido, decerto a sua memória irá viver durante muito tempo!
A nossa morte é apenas carnal... o nosso espirito viverá durante eternidades!
Gostei da imagem d isolamento e "recuperação" que construiste!
Beijinho!;)
Desistir de nós próprios… deixamo-nos de Amar quando não existe ninguém que o faça. Abandonaste-te ou esperaste até à exaustão por alguém...mas ficou um amigo, uma pessoa, por quem vale a pena viver...quem morreu? tu ou ele...os dois por amor. (O que percebi)
Gostei Bastante...Um beijo
Muito lindo o texto e triste! então menina onde anda o teu lindo sorriso e alegria ocntagiante??
Beijinhos
Identifico-me muito com o que escreveste... e a minha alma muito mais... Gosto mt da maneira como escreves e como consegues descrever tão bem algo tão triste como a morte de uma alma... vou voltar.
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