Faz-me sorrir...!
Dei dois passos em frente, devolveste-me três passos para trás. Eu mostrei-te o que queria, tu falavas e desviavas o assunto... Por não quereres? Por não acreditares? Eu insisti naquilo que desejava, insisti na verdade dos afectos e fiz-te sorrir -(Há quanto tempo não sorrias?)- mesmo assim refugiaste-te em palavras de resposta oca, de sentimento disfarçado. Levei-te a ver a lua; apontei-te as estrelas, os pontos brilhantes do céu, puxaste-me para junto de ti, em gestos próximos mas de abraços longes, não nos tocamos, mas segredavas-me sentimentos e vontades camufladas. Tu ficavas quando eu pensava em ir embora e então eu ficava contigo. Foi o jogo do gato e do rato. Eu não conseguia parar de te perseguir e sabia que escapavas sempre, tu fugias e sabias que eu te iria seguir. Coraste enquanto sorrias e refugiste o olhar numa estrela mais brilhante. Não te tentei beijar, mas tentei espelhar o meu lhar no teu!! Olhei, depois, o teu peito ofegante pelo nervosismo causado pela fuga do olhar; olhei os teus lábios e quis beija-los, mas não tentei e caiu também o meu olhar. Caiu direito ao chão e tu descolaste o olhar do céu...Sei-o porque esreitei, olhei para cima e fugi de novo. Sorriste mais uma vez, fingiste um desiquilibrio e agarraste o meu braço, trocamos meia dúzia de palavras gastas, cada vez mais ocas, mas agora eras tu quem perguntava e isso deixou-me feliz, tanto, tanto, que te respondi a cada pergunta com um sorriso no olhar e gargalhadas tontas, em folegos apressados e passos desajeitados. (Fizeste-me parar!) Parei! Olhei-te, não me beijaste, não te beijei, mas continuei a deseja-lo! Foste embora sem me dares respostas, deixaste apenas a sombra da vontade. Mas sabes que as histórias acabam? Não posso ser sempre eu a puxar por ti, a embalar-te com palavras sem sentido mas com sentimento. Quanto apostas em nós? Quando souberes vem ter comigo, agarra-me de novo o braço, segreda-me ao ouvido...como desejo que o faças!!!...Não compliques isto, o nós, os sentidos, os sentimentos. Não reprimas a vontade, não te reprimas.... Peço-te, faz-me sorrir...!