Diário de um suicída
Numa segunda - feira de manhã, Francisco, acordou e desejou que fosse o domingo chato do dia anterior.
Levantou-se, tomou banho, vestiu-se e tomou o pequeno-almoço. cereais de fibras integrais com sumo de laranja natural, cujas laranjas tinha espremido no dia anterior, antes de se deitar.
Vestiu a gabardina e saiu de casa.
Antes de entrar no prédio cinzento e austero, onde trabalhava, Francisco parou, na pastelaria do prédio em frente, para tomar café (receita quotidiana para obrigar os olhos a pestanejarem e para acelerar o funcionamento cerebral).
O trabalho foi igual, ou semelhante, ao de sexta-feira, fazer telefonemas para fulano "a" e para fulano "b" e esperar que finalmente o atendessem para lhe dizer "não"; foi ao gabinete do "chefe" (a besta quadrada que lhe pagava a porcaria do ordenado), que o mandou reescrever a noticia, que para variar iria aparecer no fundo da última página do jornal.
A hora do almoço foi tão vazia quanto cheia de batatas fritas embebidas em óleo girassol e nacos de carne mal-passada...no fim, tarte de pessêgo e café.
A tarde foi ainda mais chata, a noticía foi reescrita (mudou a vírgula de sítio) e entregue a tempo e horas; o resto do tempo "matou-o" a fazer a lista de compras.
Às seis da tarde, Francisco, vestiu a gabardina, pegou na pasta cheia de folhas e foi para a paragem do autocarro, amaldiçoando S.Pedro pelo dilúvio que sentia na cabeça, bem como, o Homem, por ter conseguido ir á lua e ainda não ter inventado algo melhor do que o guarda-chuva!
Chegou a casa, pegou nas chaves do carro e foi às compras: uma garrafa de tequilla, amendoins picantes, limas, açucar... ah! duas cervejas para beber enquanto faz o jantar.
Já em casa, Francisco preparou o seu jantar preferido: pizza de cogumelos aquecida no microondas.
Jantou no sofá, de olhos postos no ecrã, mas sem ouvir o que se dizia na televisão. Jantou e pegou nas compras feitas. Fez para si próprio umas quantas caipirinhas.
Tocam à campaínha. Do lado de lá da porta estão dois amigos da faculdade, dois jornalistas de sucesso, que ultimamente já só via na televisão. Abraços e gargalhadas, servem-se mais caipirinhas e contam-se histórias da vida, recordam-se momentos passados que assombram o presente quando a nostalgia aperta.
"Que se lixe o trabalho! Hoje divirto-me, amanhã falto!" - pensou Francisco.
E o resto da noite e da madrugada provocam em Francisco a felicidade de outros tempos...
Os raios de Sol entram pela janela. A noite acabou...
Francisco acorda ao som do despertador que acciona a rádio... ouve-se "À espera do fim" de Jorge Palma.
Levantou-se, tomou banho, vestiu-se e tomou o pequeno-almoço. cereais de fibras integrais com sumo de laranja natural, cujas laranjas tinha espremido no dia anterior, antes de se deitar.
Vestiu a gabardina e saiu de casa.
Antes de entrar no prédio cinzento e austero, onde trabalhava, Francisco parou, na pastelaria do prédio em frente, para tomar café (receita quotidiana para obrigar os olhos a pestanejarem e para acelerar o funcionamento cerebral).
O trabalho foi igual, ou semelhante, ao de sexta-feira, fazer telefonemas para fulano "a" e para fulano "b" e esperar que finalmente o atendessem para lhe dizer "não"; foi ao gabinete do "chefe" (a besta quadrada que lhe pagava a porcaria do ordenado), que o mandou reescrever a noticia, que para variar iria aparecer no fundo da última página do jornal.
A hora do almoço foi tão vazia quanto cheia de batatas fritas embebidas em óleo girassol e nacos de carne mal-passada...no fim, tarte de pessêgo e café.
A tarde foi ainda mais chata, a noticía foi reescrita (mudou a vírgula de sítio) e entregue a tempo e horas; o resto do tempo "matou-o" a fazer a lista de compras.
Às seis da tarde, Francisco, vestiu a gabardina, pegou na pasta cheia de folhas e foi para a paragem do autocarro, amaldiçoando S.Pedro pelo dilúvio que sentia na cabeça, bem como, o Homem, por ter conseguido ir á lua e ainda não ter inventado algo melhor do que o guarda-chuva!
Chegou a casa, pegou nas chaves do carro e foi às compras: uma garrafa de tequilla, amendoins picantes, limas, açucar... ah! duas cervejas para beber enquanto faz o jantar.
Já em casa, Francisco preparou o seu jantar preferido: pizza de cogumelos aquecida no microondas.
Jantou no sofá, de olhos postos no ecrã, mas sem ouvir o que se dizia na televisão. Jantou e pegou nas compras feitas. Fez para si próprio umas quantas caipirinhas.
Tocam à campaínha. Do lado de lá da porta estão dois amigos da faculdade, dois jornalistas de sucesso, que ultimamente já só via na televisão. Abraços e gargalhadas, servem-se mais caipirinhas e contam-se histórias da vida, recordam-se momentos passados que assombram o presente quando a nostalgia aperta.
"Que se lixe o trabalho! Hoje divirto-me, amanhã falto!" - pensou Francisco.
E o resto da noite e da madrugada provocam em Francisco a felicidade de outros tempos...
Os raios de Sol entram pela janela. A noite acabou...
Francisco acorda ao som do despertador que acciona a rádio... ouve-se "À espera do fim" de Jorge Palma.